Não é amor. É medo. Graça Barbosa Ribeiro escreve-o, no Público.
A classe jornalística precisa urgentemente reflectir sobre a forma como conta as "histórias" da violência contra as mulheres. Não será fácil encontrar parâmetros, como no caso das notícias sobre incêndios, barricados ou suicídios. Nestes casos, o carácter mimético dos crimes está provado, tal como está provado o contributo de determinada abordagem jornalística a este mimetismo. Na violência contra as mulheres, “histórias” de “amor”, “paixão”, “loucura” de sentimentos excessivos, alimentam uma mentalidade que é dificilmente mensurável. A complexidade não pode ser uma desculpa para que se continue a engrossar este caldo de marialvismo de fotonovela. Em nome, repito, das mulheres que ainda não morreram.
excelente leitura sobre a "narrativa da violência", Clô; pena que os jornalistas (mais os homens, sim) romantizem o que é brutal
ResponderEliminarSerá que são mais os homens os autores dessa romantização da brutalidade? Sinceramente, não sei...
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