Também me comovo com o esplendor dos
jacarandás. O roxo efémero a antecipar junho no seu orgulho. E os Santos, a alegria marcada a giz no chão. Saber que estão lá, poder escolher não ir, mas
comungar. Honrarias pagãs a um doutor da Igreja convertido em santo popular,
como só a vontade de amar pode fazer, é Deus a escrever direito por linhas tortas. Só que para mim, Lisboa é agora. A semana
que hoje terminou, na sua dormência doce, lado a lado com a que vem. O primeiro frio
acinzentará a pedra húmida das casas. A luz doirará entardeceres que se
amaldiçoam curtos porque não se perde o tempo, radicalizado de tão precioso,
para os contemplar. É agora.
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