sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Lisboa, presente mais-que-perfeito



Também me comovo com o esplendor dos jacarandás. O roxo efémero a antecipar junho no seu orgulho. E os Santos, a alegria marcada a giz no chão. Saber que estão lá, poder escolher não ir, mas comungar. Honrarias pagãs a um doutor da Igreja convertido em santo popular, como só a vontade de amar pode fazer, é Deus a escrever direito por linhas tortas. Só que para mim, Lisboa é agora. A semana que hoje terminou, na sua dormência doce, lado a lado com a que vem. O primeiro frio acinzentará a pedra húmida das casas. A luz doirará entardeceres que se amaldiçoam curtos porque não se perde o tempo, radicalizado de tão precioso, para os contemplar. É agora.

Sem comentários:

Enviar um comentário