E como as mulheres são, às vezes, inimigas de si próprias, pregando um machismo cor de rosa, esse do eterno feminino, da sensibilidade especial e da propensão da fêmea para o 'multitasking', aqui fica um homem feminista a fazer algo que não sendo extraordinário, parece: usar do bom senso.
"A ideia de que 'as mulheres acrescentam' é, por isso, um
pouco perigosa. Primeiro, porque parece ser sempre formulada por quem acha que
o argumento da igualdade de direitos não é suficiente. Daí sugerirem que as
mulheres devem entrar na política porque são diferentes (para melhor, claro)
dos homens. É uma ideia paternalista que a realidade, felizmente, se encarrega
de desmentir. Não vejo grandes diferenças entre a governação de Margaret
Thatcher, Angela Merkel, Fátima Felgueiras ou Dilma Rousseff e a de vários
políticos do sexo masculino. Em segundo lugar, em que medida é que enunciar a
expressão “as mulheres são”, seguida de um adjectivo agradável, é menos
preconceituoso do que dizer 'os negros são' e acrescentar um adjectivo
desagradável?". Ricardo Araújo Pereira na Visão, sobre "o feminismo preferido dos machistas".
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