terça-feira, 6 de outubro de 2015

Há um antes e um depois. Não, a vida não continua como dantes. Isso não. Mas tu tão bem nos soubeste chegar as palavras que nos lembram que não há longe nem distância, meu querido André. Repito-as. Repito-as. Repito-as. 


Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro, ainda o somos.
Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom, para um triste ou solene.
Continua a rir com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
Como sempre se pronunciou
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua a significar o que sempre significou:
Continua a ser o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Porque estaria eu fora dos teus pensamentos,
Apenas porque estou fora da tua vista?
Não estou longe,
Estou apenas do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração
E nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca as tuas lágrimas e, se me amas,
Não chores mais

Santo Agostinho

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