É uma bolha. Pensamos que estamos
no centro dos acontecimentos e não podíamos estar mais alheados. O ‘stress’, a privação
de sono, o desgaste da cobertura de uma campanha eleitoral são antes de mais
uma prova e um prazer. Antes de mais são duas coisas ao mesmo tempo. É assim de
esquizofrénico. E só outros jornalistas que já o fizeram (ou políticos) sabem
do que estamos a falar. Percebemos isso quando os amigos nos dizem ‘quando
passares por Lisboa podemos jantar’. Passar por Lisboa é só trabalhar e dormir
umas horas, nessa desconcentração de vir a casa que até dispensávamos. A negação
profissionaliza-se durante duas semanas. Para quem gosta é tomar o balanço. Eu só
gosto mesmo durante duas semanas, à justa, que ir à procura do que liberta é o
que liberta. Mas gosto da vida suspensa com prazo de descer à terra. Vou para a estrada, o blogue fica. Até já.
Marilyn Monroe
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