segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

salvar um shopping



Um centro comercial é enterrado vivo quando morre à frente de todos, sem merecer a demolição. As entranhas dos shoppings das classes média e trabalhadora estão à mostra. O monumento ao passatempo preferido dos norte-americanos – comprar – foi esventrado pela crise. A nostalgia já está em marcha, sem surpresa, porque tudo é belo. E é mesmo. É a demanda pela pureza que é tonta e assusta. O pedigree leva à loucura, já diz o mito urbano, que, como o ditado, merece ouvidos. Tudo é belo porque tudo é inventado. Salvemos um shopping. Ou admiremo-lo enquanto definha.



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