nome
O que um nome contém de promessa.
Uma ideia vã, fútil e perigosa. Ou a manifestação de uma intuição. Fecho-me e,
só, digo-o. Pronuncio-o, ondulando todas as sílabas. E o nome, ao contrário das
palavras que, em pequena, repetia à exaustão para as depenar de sentido, é agora meu.
Fica também meu e sei que é um empréstimo. Mas mesmo assim, arrogo-me a pensar - e penso - que o digo de uma forma que aos outros não concedo. Que gosto dele numa soma sucessiva, que começou quando o
escrevi e logo o disse alto. Como a precisar de acreditar.
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