domingo, 11 de agosto de 2013

sonhadores

“Sabe, Nástenka, até que ponto eu cheguei? Sabe que já me vejo obrigado a festejar os aniversários das minhas sensações, os aniversários das coisas de que eu gostava tanto dantes mas que, pura e simplesmente, não aconteceram – aniversários de sonhos, de sonhos estúpidos e imateriais – e que me vejo obrigado a fazê-lo porque nem sequer esses sonhos estúpidos já existem e porque não tenho com que os suplantar: porque também os sonhos podem ser suplantados!”


Fiódor Dostoiévski, “Noites brancas”, tradução do russo de Nina Guerra e Filipe Guerra, Assírio e Alvim.

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