“Facilmente aceitamos a realidade, talvez por intuirmos que nada é real.”
Jorge Luis Borges, “O Aleph”, editorial estampa.
Voltei a pegar no livro que parecia nunca ter lido. Estava lá a minha rubrica e a data, dezembro de 2005. Estavam lá os sublinhados, os sublinhados maiores, as chavetas e as setas. E quando li, lembrei-me do que tinha lido. Voltei a colocar a data, por baixo da outra, maio de 2013. Muitos sublinhados persistem, outros acrescento-os agora nesta leitura que, como a outra, é lenta, isso também recordei. Lido melhor com a leitura lenta, agora. Preciso dela, até, enquanto antes me impacientou. E tive a ideia bonita de que se for acrescentando datas de leitura e sublinhados, um dia terei, efetivamente, feito esta leitura. Mas não, bonito é que seja sempre incompleta.
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