"Oslo, August 31st", de Joachim Trier.
Este verão deixei a meio o "Night train to Lisbon", de Pascal Mercier. Não gostei e não insisti além das 100 páginas. No entanto, ficou-me uma passagem sobre um homem que sofre com a utilização da linguagem. Está sempre a ouvir as mesmas respostas, as mesmas expressões papagueadas. São ainda palavras, mas serão ainda ideias? Haverá pensamento nelas?
Uma das coisas mais dolorosas no cinema e na televisão é a naúsea do lugar comum. É a cena do beijo depois dos amantes se terem esbofeteado e todo esse horror narrativo/repetitivo que as novelas da Globo deixaram de fazer em meados dos anos 90.
Neste filme ouvi uma voz própria. Há uma linguagem - visual, verbal, física - que quer mesmo dizer qualquer coisa. Sente-se o esforço mas também a beleza.
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