segunda-feira, 3 de setembro de 2012

os maiores inimigos da tourada



Expus aqui o penso sobre as touradas. Inibo-me de repetir argumentos e evito quase sempre a discussão e o confronto sobre o assunto. Porque é desconfortável defender a Festa Brava nos meios em que me movo, sim. Porque o ambiente urbano asséptico pseudo-progressista não o favorece, sim. Sobretudo, porque é difícil. E é tão mais difícil quanto não existe um núcleo de pensamento estruturado que defenda a Festa. Como acontece com muitas matérias, os maiores inimigos da Festa Brava são os aficionados. Ao contrário do que acontece em Espanha (veja-se o blogue de touros do El País, por exemplo), o marialvismo decadente machista e terra tenente poderá matar a festa dos touros. Se é verdade que a irracionalidade e a mediocridade argumentativa também estão do lado dos detratores da tourada, a responsabilidade de a defender só pode ser de quem a faz e a aprecia. E essa responsabilidade é forçosamente mais pesada. Há um mundo rural, uma economia e uma manifestação cultural que estão quase órfãos. A incapacidade de produzir pensamento e discurso sobre a Festa Brava é responsabilidade dos aficionados e só nossa.

P.S: Não era o post de rentrée que tinha em mente, mas terá que servir.

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