Vi-os no mesmo dia, mas parece-me que as comparações seriam sempre inevitáveis. Não é que Clooney não esteja muito bem em “Os descendentes”. Ele sobretudo vai bem com aquilo que o argumento lhe deu, mas que não é assim tanto. Ideias e frases feitas ao ritmo da previsibilidade vestida com uma camisa às flores.
Uma boa história não tem que ter reviravolta, o ‘twist’ inesperado. Os diálogos que deixam a boca dos atores de “Moneyball” mostram porque a honestidade intelectual de resistir ao lugar comum já é quase um filme bom. Neste caso, é um filme muito bom. Brad Pitt está perfeito, na fronteira do ‘underacting’, justificando sempre que precisa de a ultrapassar. Divertiu-me a pensar que um dia vou ouvir os meus descendentes falar de um filme pouco conhecido com aquele ator que era muito bonito. Não, não é o George Clooney, o outro, sim, esse, o Brad Pitt. E dirão que é um filme mais ou menos sobre ‘baseball’, mais ou menos sobre tudo. E poderei responder-lhes que adorei esse filme e que sobre tudo se pode fazer uma boa história, porque as boas histórias são sobre tudo.
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