À minha querida amiga Rita
Pela primeira vez em alguns anos achei que o meu sono era mais importante e não me deitei de manhã para saber como acabavam os Óscares. Cristopher Plummer deu-me toda a alegria que precisava perto das três da madrugada. “Beginners” é um filme precioso, o Óscar foi merecidíssimo e ele recebeu-o com um discurso perfeito. Ao contrário do que tem sido dito, não considero que este fosse um ano de filmes fracos, encontrei bons filmes distribuídos pelas mais diversas categorias e não precisei de ser arrebatada por nenhum com uma paixão irracional. A passionalidade é muito sobreavaliada, perdendo para o Amor, esse sim, verdadeiramente importante. “O Artista” é isso mesmo, um filme simples, muito bonito, quase ingénuo, feito com amor. Às vezes, isso basta. Na passadeira vermelha desfilaram a elegância crónica de Colin Firth e o garbo nostálgico de Jean Dujardin. Gwyneth Paltrow (em Tom Ford) usou o melhor vestido da noite, seguida quase, quase, quase ex-aequo por Rooney Mara (em Givenchy). Penélope Cruz foi uma princesa azul (em Armani) e Rose Byne esteve absolutamente deslumbrante (Vivienne Westwood). O Versace de Angelina Jolie é uma notável peça, mas além do vício de pose ridícula, não a quero incluir neste rol. Tenho pena, mas enquanto ignorarmos aquela magreza extrema e acharmos a pele macilenta um sinal de felicidade conjugal não somos gente.
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