Cem vezes quis o fotógrafo Alfredo Jaar mostrar Nguyen Thi Thuy, uma criança que conheceu num campo de refugiados vietnamita, em 1991, em Hong Kong. Fotografou-a cinco vezes com cinco segundos de intervalo entre cada imagem. Aqui a repetição é a persistência para uma identidade, que os refugiados não têm, que hoje as crianças do Corno de África não têm, nas suas mortes silenciosas. Aquele é um rosto que é único e irrepetível a cada frame, como gostamos de pensar que são os rostos das nossas crianças. Como na música dos Manic Street Prechers (que se serviram de um cartaz da República durante a guerra civil espanhola): “if you tolerate this then your children will be next”.
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