terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

¡Madrid!

Queria fazer como a mulher que em “Carne Trémula” ajuda Penélope Cruz a parir num autocarro. Eleva o recém-nascido à passagem pela Porta de Alcalá e é com dois pontos de exclamação que lhe diz: ¡Mira, Madrid! Só que um forasteiro não pode ser assim assertivo. Rapidamente é posto no seu lugar, que é o do encantamento cerzido pelas coisas miúdas em que vê todos os significados. Recordo o impacto dos fraldários nas casas de banho masculinas. Foram meses a apontar o avanço civilizacional. Agora, a cidade é o clarão que cega quando o elevador se abre. Vista lá de cima, Madrid desdobra-se em vagas de branco. Dizem que é da poluição, mas eles não sabem nada.

4 comentários: