sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

cegueiras

“Houve um tempo, em que se tivesse que optar por duas cegueiras, escolheria ser cego ao esplendor do mar, às montanhas, ao pôr-do-sol do Rio de Janeiro, para ter olhos de ler o que há de belo, em letras negras sobre fundo branco. Ia ao cinema, mulheres extraordinárias se exibiam na tela, o filme era falado em língua conhecida, e eu não conseguia despregar os olhos das legendas”.


Chico Buarque, “Budapeste”, Companhia das Letras.


Ai está aí o filme, finalmente. É uma co-produção da RTP e mostra Ivo Canelas num papelaço. É belo e bom e trai na medida certa o romance, que é, obviamente, insubstituível.

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