terça-feira, 12 de outubro de 2010

No gerúndio










É uma luz branca e granulada de Outono ao pé do mar. Muda quando Francisco e Tomaz deixam o Rio rumo a Buenos Aires. Volta a mudar, depois, quando o final precisa de outra cidade. Mas parece que há um luar diurno que atravessa tudo. Aluizio Abranches escreveu e realizou “Do começo ao fim” e inventou uma luz. Iluminou com ela uma história no gerúndio. Foi a justificação que encontrei para um legítimo lamento do que não vemos das vidas de Francisco e Tomaz. A questão é que, sem o vermos, sabemos muito do que existiu antes e continuou a existir depois e entre tudo o que não é mostrado. Não há nada de mais essencial do que aquilo que não pára de nos acontecer.

1 comentário:

  1. Filme tão lindo. Ia revê-lo hoje a noite, mas o reprodutor de dvd insistiu em não funcionar.

    E realmente "não há nada de mais essencial do que aquilo que não pára de nos acontecer". Mais uma anotação para a Moleskine :)

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