O quartel descaracterizado na
paisagem continua a tocar a horas certas. Perco-me no que dizem as cornetas. Alvoradas.
Não sei se não se dá por ele se sou eu que o vejo a ouvir. Quer dizer, há
guaritas. Os muros terminam naquele arame farpado em forma de estendal. Não vejo
militares. Acho que nunca vi. Os que vão ao supermercado são estrangeiros ou
têm ar de viajantes. São os da NATO. Os do quartel pequenino, não sei. Um quartel
pequenino. Mas é. E toca. Como uma caixa de música às horas lá deles. Alvoradas.
Deviam ser todos assim. Infelizmente, não podem ser todos assim, fantasmas de paz no caminho entre o subúrbio e a beira-mar.
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