"As tuas cartas têm vindo breves, lacónicas, porquê? As minhas já te fatigam? Se assim fôr, não as rasgues, - devolve-as e não as leias. Recebo-as com esta calma que me veio desde que penso que me foges. Rasgá-las, não. Ao rasgarmos cartas de amor alguma coisa de duas almas se destrói e se perde irremediavelmente".
“Cartas devolvidas”, em As canções de António Botto, primeiro volume
das obras completas, 1941, Bertrand, Lisboa.
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