"Os Maias", de João Botelho
Se o ‘casting’ seria meio
sustento, ele só não bastaria. Não bastou, encontrei lá tudo, outra vez. Outra
vez porque de novo, mais uma vez, numa devolução que é honesta e é também criação.
Carlos, Maria Eduarda, o Ega, Tomás de Alencar (que é de Alenquer, e isto faz-me
sempre rir automaticamente, como uma criança a dizer "cuecas"), o Dâmaso, e
Lisboa. Todos a latejar em mim, outra vez. E agora com as sombras e a luz, já
tão primorosas em “A Corte do Norte”. O país do “chique a valer” no cenário,
aqui literal, da cidade que parecendo merecer mais é o que é também por essa
circunstância tornada tragédia. E vi, pela primeira vez posso dizer que vi: Carlos
e Ega que correm para apanhar “o americano”, descoloridos. Perdido o viço,
despigmentado o desejo, ainda correm. E talvez o apanhem.
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