segunda-feira, 15 de setembro de 2014

cenas da vida romântica

"Os Maias", de João Botelho


Se o ‘casting’ seria meio sustento, ele só não bastaria. Não bastou, encontrei lá tudo, outra vez. Outra vez porque de novo, mais uma vez, numa devolução que é honesta e é também criação. Carlos, Maria Eduarda, o Ega, Tomás de Alencar (que é de Alenquer, e isto faz-me sempre rir automaticamente, como uma criança a dizer "cuecas"), o Dâmaso, e Lisboa. Todos a latejar em mim, outra vez. E agora com as sombras e a luz, já tão primorosas em “A Corte do Norte”. O país do “chique a valer” no cenário, aqui literal, da cidade que parecendo merecer mais é o que é também por essa circunstância tornada tragédia. E vi, pela primeira vez posso dizer que vi: Carlos e Ega que correm para apanhar “o americano”, descoloridos. Perdido o viço, despigmentado o desejo, ainda correm. E talvez o apanhem.

Sem comentários:

Enviar um comentário