terça-feira, 24 de junho de 2014

nós comemos tudo


"Only lovers left alive", de Jim Jarmusch

Se tivesse 16 anos já tinha o ‘poster’ pendurado no meu quarto. Mas se tivesse 16 anos teria encontrado coisas distintas, que depois se transformariam à medida das ‘reprises’ pessoais que fizesse a cada ciclo inventado. Seria um ciclo - a terminar, começar, em criação – porque o filme estaria lá, outra vez. Um bocadinho como “Tudo sobre a minha mãe”, uma vez o filho, outra a Mãe, outra Agrado, uma vez Barcelona, outra Madrid, e sempre em parte nenhuma, porque é universal. Há uma grande vantagem em crescer com um cinema de província, ir a todos os filmes, como à missa, encontrar todos os géneros semanalmente e saber que há coisas boas em tudo. Um filme de vampiros, uma comédia romântica, uma trip futurística. O género não existe quando só existe cinema. Da negação nasce o amor ao género.

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