terça-feira, 22 de abril de 2014

parque


Parece que todos os carros produzem um barulho semelhante. Por isso, só pode ser do chão. Também parece que é sobretudo de manhã, quando estão a abandonar o local movem-se mais devagar. As pessoas, eu também, apressam-se para conseguirem lugar no mesmo sítio de ontem, no mesmo rectângulo ocupado nos dias desdobrados para trás. Eu sou aqui, chia o carro.

Há pessoas que aceleram no parque de estacionamento. Suportam o chiar naquele chão. Quando penso num carro a acelerar num palco ou numa sala de ensaios com chão de linóleo penso naquele barulho.

Um dia chego muito cedo e surpreendo os bailarinos.

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