“A primeira tarefa do escritor não
é ter opiniões, mas contar a verdade… e recusar-se a ser cúmplice de mentiras e
da desinformação. A literatura é a casa da nuance e da rebeldia contra as vozes
da simplificação. A tarefa do escritor é fazer com que seja mais difícil
acreditar nos saqueadores da mente. A tarefa do escritor é fazer-nos ver o
mundo tal como ele é, cheio de diferentes reivindicações, partes e experiências.
A tarefa do escritor é descrever
as realidades: as realidades sórdidas, as realidades de êxtase. A essência do
conhecimento fornecido pela literatura (a pluralidade da obra literária) está
em ajudar-nos a compreender que, o que quer que esteja a acontecer, há sempre
outras coisas a acontecer”.
Susan Sontag, discurso de aceitação
do prémio Jerusalém, em “Ao mesmo tempo”, Quetzal.
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