domingo, 27 de janeiro de 2013

politicamente correto, precisa-se

É lugar tão comum que já nem nos atrevemos a questionar que o pressuposto possa estar errado. Parece-me que está.
A nossa sociedade - o que vejo e oiço dela, os lugares onde estou - precisa de exercer o politicamente correto. Um pouco que seja. Locais de trabalho, instituições, eventos sociais, estão em carestia de noções mínimas de respeito pela diferença do outro. A boçalidade do que se julga em maioria, representando sei lá o que de branco, heterossexual, magro, tem que ser domada. O perfil muda, claro. Por exemplo, no meio urbano está a criar-se uma intolerância às pessoas crentes, que professam determinada religião, que começa a assustar (a confusão entre o crente e a estrutura da Igreja a que por vezes se querer atingir é demasiado comum, e é atingir a plebe quando se quer atirar ao rei absolutista).
Circulam demasiados insultos, disfarça-se demasiado o insulto com o humor. Não há um segundo para se pôr no lugar do outro e saber antecipar o estrago do insulto.
Lamento, mas a questão do politicamente correto, no que vejo, nas diversas comunidades em que me movo, só se coloca por defeito, nunca por excesso. Precisamos de cumprir os mínimos. A censura social precisa de ser acionada para quem os viola. Podem chamar-lhe outra coisa. Civilidade. Boa educação. A lista de sinónimos é longa. Mas o exército da boçalidade precisa que lhe façam frente.

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