domingo, 26 de fevereiro de 2012

Como é que se sente?

Há uma única cena de empatia. Margaret Thatcher responde ao médico que lhe pergunta como se sente. Vulnerável e velha responde que aquela pergunta parece estar na boca de todos como uma epidemia, secundarizando o pensamento, as ideias. É verdade, só que, infelizmente, é desse mal que padece o filme “A Dama de Ferro”. Um produto quase televisivo sobre as sensações e os sentimentos que se adivinham e atribuem, dentro de uma enorme margem de erro e ficção que não é compensada por Cinema, a uma pessoa doente. Quase nada sobre o pensamento político, quase nada sobre História. O desempenho notável de Meryl Streep está, assim, ao serviço de um filme muito superficial. As memórias políticas de Thatcher são uma retrospetiva de videoclip, uma vassourada de imagens de arquivo e ‘soundbytes’.

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