sábado, 24 de outubro de 2009

Ainda se fosse Agosto

Não sei se é da tendinite, se estou a criar algum juízo, mas esta leitora da Bíblia e leitora ocasional de Saramago, está-se nas tintas para a pseudo-polémica que se instalou no país. Ainda se fosse Agosto. Ainda se houvesse alguma coisa que tivesse graça ou uma protagonista de telenovelas envolvida na história. Assim, é tudo um bocadinho aborrecido, dado o nível do debate. Como há liberdade de expressão, o Saramago escreve o seu livro, os católicos e a Igreja acusam-no de ser ignorante sobre a Bíblia e pronto, seguimos em frente. Para livros melhores. Para posições mais urgentes por parte da Igreja e do Saramago, se lhe apetecer. Eu gostaria que outros lessem a mensagem tranformadora da Bíblia, como eu tardiamente li. Gostaria que encontrassem, como eu encontrei, sobretudo no Novo Testamento, uma mensagem que é para todos e não apenas para uns eleitos - que incluiu as mulheres de uma forma inédita -, que tem uma ética que toca mesmo os que não são cristãos. Mas se tantos católicos não encontram essa mensagem na Bíblia, porque haveria José Saramago de a encontrar?

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